Acusado confessou o crime e Ministério Público pede julgamento pelo Tribunal do Júri - Foto: Arquivo Pessoal/Catarina Kasten
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou nesta segunda-feira (1º) o homem preso pela morte da estudante de pós-graduação Catarina Kasten, de 31 anos, encontrada sem vida próximo à trilha da Praia do Matadeiro, em Florianópolis. O acusado, de 21 anos, responderá por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver, com qualificadoras e agravantes que podem levar à pena máxima.
A denúncia foi apresentada à Justiça pelo Promotor de Justiça João Gonçalves de Souza Neto, da 36ª Promotoria de Justiça da Capital. O MPSC requer que o réu seja submetido ao Tribunal do Júri. O caso seguirá agora para análise do Juízo competente.
Segundo o Ministério Publico, o acusado cometeu feminicídio por menosprezo à condição de mulher, utilizando asfixia como meio de execução e impedindo qualquer chance de defesa da vítima. O órgão também aponta o agravante de ter matado Catarina para garantir a ocultação do estupro cometido minutos antes.
Além do homicídio qualificado, a denúncia inclui o crime de estupro consumado, praticado mediante violência e emboscada, e o crime de ocultação de cadáver, já que o corpo foi arrastado para uma área afastada e de difícil visualização, dentro da mata.
Crime ocorreu durante a manhã, na trilha do Matadeiro
O assassinato aconteceu no dia 21 de novembro de 2025, por volta das 7h. Catarina havia saído de casa minutos antes para uma aula de natação, mas não chegou ao local. A demora no retorno levou o companheiro da vítima a acionar a Polícia Militar, que iniciou as buscas. O suspeito foi localizado no mesmo dia e confessou o crime.
Conforme detalhado na denúncia, o agressor monitorou a trilha escondido atrás de uma lixeira e surpreendeu a vítima aplicando um “mata-leão”. Depois de dominá-la, arrastou-a para a mata, consumou o estupro e, em seguida, provocou a morte por estrangulamento.
Intenção de matar e ocultar o crime
O MPSC afirma que o crime foi praticado de forma consciente e deliberada, utilizando força e violência extrema. A vítima já estava exausta e dominada quando foi estrangulada, o que impossibilitou qualquer reação.
Após o assassinato, o acusado ocultou o corpo entre pedras e vegetação fechada, a uma distância da trilha para dificultar sua localização.
A ação penal tramita em sigilo e seguirá para apreciação da Vara do Tribunal do Júri da Capital.



